sem pé sem cabeça faz um corpo

é fruto de uma viaje pelo Nordeste, que saio da Bahia e trajeto o litoral Nordestino até o Ceará e me instalo na reserva ecológica de Sabiaguaba, Fortaleza onde as palavras foram se ajuntando pelos caminhos do Nordeste com a inspiração a se formar um lindo corpo muitas feitas ao comtemplar o verde das águas azuis do beira mar nos bailados dos cata-ventos leves nas cabeleiras dos coqueiros brisado, das saudades vindas do mar dos amores colhidos entre cajus e mangas a chupar e assim foi .... o vento me levou e trouxe a inspiração e do coco me refresquei!

sábado, 3 de outubro de 2009

sem pé sem cabeça faz um corpo

essa ideia brotou num papo com minha amiga julia, com proesias sortidas, sem corpo, livre.

um papo bom pra papagaio
tintura de jenipapo
raiz de sucupira

descascaralho
nutri saudades

rolam desses
desses rolando
que polinizaram os índios

sombra de guarda
sol
a bunda dança
na abundância

plantar idéias
colher astrais
do girassol

noites gritantes
a fora
da janela

as buzinas
dormem
um sono leve
a qualquer brecada

bipe

os olhos vermelhos
ressaqueados
silenciam na madrugada elétrica

circula
circula ar
circular
ar circula
nas alamedas
de pedras
do tempo

lá circula ar
de cá
vento a virar
que cá circula
ar de lá

daquelas árvores
entre perdidas e achadas
nuvens
floriu sacadas
e janelas
a mais de nono andar

os frutos não semeiam mais
fruta na cesta está
dois ou três a saborear
o resto a olhar

zum zum zum
o vento a girar
bandeira a dedar
a ordem e o progresso

deda duro
o bolso está
duro
grosso
encardido
de sujeira
escapamentos a soltar
de vermelho cinza ficará
pulmão chora ranho

atravesso a alameda
com um vaso
de flor a cafungar

no ritmo
de Carneiro
Ed a berrar
e o nardo convicto da sorte que levou
assim como
o vento que soprou
paras bandas de lá

Nenhum comentário:

Postar um comentário