essa ideia brotou num papo com minha amiga julia, com proesias sortidas, sem corpo, livre.
um papo bom pra papagaio
tintura de jenipapo
raiz de sucupira
descascaralho
nutri saudades
rolam desses
desses rolando
que polinizaram os índios
sombra de guarda
sol
a bunda dança
na abundância
plantar idéias
colher astrais
do girassol
noites gritantes
a fora
da janela
as buzinas
dormem
um sono leve
a qualquer brecada
bipe
os olhos vermelhos
ressaqueados
silenciam na madrugada elétrica
circula
circula ar
circular
ar circula
nas alamedas
de pedras
do tempo
lá circula ar
de cá
vento a virar
que cá circula
ar de lá
daquelas árvores
entre perdidas e achadas
nuvens
floriu sacadas
e janelas
a mais de nono andar
os frutos não semeiam mais
fruta na cesta está
dois ou três a saborear
o resto a olhar
zum zum zum
o vento a girar
bandeira a dedar
a ordem e o progresso
deda duro
o bolso está
duro
grosso
encardido
de sujeira
escapamentos a soltar
de vermelho cinza ficará
pulmão chora ranho
atravesso a alameda
com um vaso
de flor a cafungar
no ritmo
de Carneiro
Ed a berrar
e o nardo convicto da sorte que levou
assim como
o vento que soprou
paras bandas de lá
sem pé sem cabeça faz um corpo
é fruto de uma viaje pelo Nordeste, que saio da Bahia e trajeto o litoral Nordestino até o Ceará e me instalo na reserva ecológica de Sabiaguaba, Fortaleza onde as palavras foram se ajuntando pelos caminhos do Nordeste com a inspiração a se formar um lindo corpo muitas feitas ao comtemplar o verde das águas azuis do beira mar nos bailados dos cata-ventos leves nas cabeleiras dos coqueiros brisado, das saudades vindas do mar dos amores colhidos entre cajus e mangas a chupar e assim foi .... o vento me levou e trouxe a inspiração e do coco me refresquei!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário