na comunidade de sabiaguaba onde cozinhamos com forno solar, pois fortaleza é considerado a capital da energia solar, a terra do sol, calor o ano todo. ouvindo um blues e tomando um chá com o meu paizinho Zé
já se passam pra lá de dez xícaras
de capim limão
entorpeço nesse chá
que acalma as batidas
dos elétricos ponteiros
nesse planeta gigantante
circulante circense ciclicante
encontro as ancas
encaixadas nesse pontinho de banco
girando numa velocidade estontiante
tão rápido
que a percepção embriagada
só percebe os ponteiros do tempo
tiketaki tiketaki tiketaki
tampo os ouvidos
desses berros saltitantes
o chá inercia o sangue
pra minguante
giro ao contrário
desse tempo rodopiante
todo o líquido
recomeça sua jornada pro centro
os tiketakis agora é de dentro
a contagem do tempo
é sentida pelo coração sem tempo
rodopio antetempo
vestido rodado do tempo
começo e fim se enlaçam no mesmo templo
esculpido corpo
ao brincar com vento
arteando formas
nos soprados sussurros
entre melodias que sirandeiam
tempo é arte dançante
o espaço infinitamente
impossível
matemática a contar
a imensidão
improviso
em cada poro
amor
focalizo
encaixado
contateado
derretido
preenchido
surdo sobre
a pele cheirosa
jasmim manga
floriu no jardim
arteio no tempo imprevisto
sem pé sem cabeça faz um corpo
é fruto de uma viaje pelo Nordeste, que saio da Bahia e trajeto o litoral Nordestino até o Ceará e me instalo na reserva ecológica de Sabiaguaba, Fortaleza onde as palavras foram se ajuntando pelos caminhos do Nordeste com a inspiração a se formar um lindo corpo muitas feitas ao comtemplar o verde das águas azuis do beira mar nos bailados dos cata-ventos leves nas cabeleiras dos coqueiros brisado, das saudades vindas do mar dos amores colhidos entre cajus e mangas a chupar e assim foi .... o vento me levou e trouxe a inspiração e do coco me refresquei!
sábado, 3 de outubro de 2009
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