sem pé sem cabeça faz um corpo

é fruto de uma viaje pelo Nordeste, que saio da Bahia e trajeto o litoral Nordestino até o Ceará e me instalo na reserva ecológica de Sabiaguaba, Fortaleza onde as palavras foram se ajuntando pelos caminhos do Nordeste com a inspiração a se formar um lindo corpo muitas feitas ao comtemplar o verde das águas azuis do beira mar nos bailados dos cata-ventos leves nas cabeleiras dos coqueiros brisado, das saudades vindas do mar dos amores colhidos entre cajus e mangas a chupar e assim foi .... o vento me levou e trouxe a inspiração e do coco me refresquei!

sábado, 10 de abril de 2010

inverno trinta e oito graus

no ceará os invernos são muito quentes, essa estação é marcada pelas chuvas e não pelo frio. num sábado de feira encontrei pelo caminho uma árvore muito velha e gigante rachada no meio da rua em fortaleza ....


noite com ventos e trovões
raios
águas
pelas curvas de PARE e OLHE

labirintos de cimentos
enxurrada que escorre e enche
até o pescoço
do moço engravatado
engraçado no sinal

raio que raspa e coça
e assim o toco marca e aponta
as cicatrizes
um céu carcinzentobono de estar

na saudade
daquele cajueiro-zãozão,
já em idade de tempos passados amarrotados,
passa um raio
e
cabummmm

faíscas pelos ares
e
o gigante
de verdes
frutos
cheiros de flores frescas

entre o minucioso inclinar
e o tombo de uma queda

paro e deparo meu coração
com aquela fonte de água
transformadeira em sua forma de agora ser
transformutação
da água a madeira

pelo meio no meio da rua
deitada no seu descanso de paz e serenidade
entregada entre folhas flores
sementes e pétalas ao chão de piche

aos berros da serra
os homens picam
pedacinhos do bom senso
a jogar pelos lixos escarrados da comun-idade

comum separação divorciada
entre
morte vida
medo vaidade

entre
merdas entulhos
nosso ancião
decomponhe sua poesia
nos traços
e abraços
dos vizinhos
surdos mudos cegos

tolos do tempo
trimmmTRIMMMMRMMRiMM
desperta a dor
ser e estar em primeiro lugar

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