sem pé sem cabeça faz um corpo

é fruto de uma viaje pelo Nordeste, que saio da Bahia e trajeto o litoral Nordestino até o Ceará e me instalo na reserva ecológica de Sabiaguaba, Fortaleza onde as palavras foram se ajuntando pelos caminhos do Nordeste com a inspiração a se formar um lindo corpo muitas feitas ao comtemplar o verde das águas azuis do beira mar nos bailados dos cata-ventos leves nas cabeleiras dos coqueiros brisado, das saudades vindas do mar dos amores colhidos entre cajus e mangas a chupar e assim foi .... o vento me levou e trouxe a inspiração e do coco me refresquei!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

amanhecer na luz de ser

em um momento breve e curto de agustia de tudo que sinto e me sujo dentro desse gigante centro urbano. me intoxico de sentimentos mesquinhos.

corro ou risco
minha certeza de estar

se corro
levo comigo
ao peito
esse gosto amargo
de beijos molhados

se risco
piso em cima de mim
amasso e jogo no mundo

a experiência que cresço
desdúvida do caminho

o sol levantou
coloriu o sonho vívido
e cutucou a ferida

como é bobagem
as lágrimas se arriscarem
dessa altura
se pendurarem no abismo
e vê o risco no salto

a vida é os contos das estrelas
um convite breve e longo
o buraco é mais abaixo

medito na clareza de estar
resgatar o bem-estar
sorrir pros bens que te quero

explicar o quê?
o bem que te quero!?!

temos muito pra fazer
presentear a mãe
plantando flores no jardimdimim

na firmeza do mistério
vôo como o azulão
e dôo a mão pro Ivan
que maio já estar cantarolando
pro vir

quando a bomba explode
faísca meus poros
e esporra meus fados

maracujá trepando nas grades da janela
o fogo amolece a visão
e acende o calor do ar que dança com sua graça

me levo entre as largas folhas
do sem vergonha
que enverga nas grades

tudo isso é bom
o que não é?!

é se pegar em poucas bobagens
e me deixar de pés pros ares

mas
sigo e subo
nos galhos mais altos
e nas árvores mais viçosas

como vou explicar mistérios
de mundos de lá
as palavras de cá
limitam meus dizeres e saberes
do que mesmo?!

vejo as besteiras de agora
calo minha aurora

passos certos
caminhos abertos
minha nossa sortelefante

a pureza de meu ser
confunde e funde nas cores do florecer

atrofia a rigidez de ceder
e deixa de experimentar o doce
das mornas águas

danço comigo
me tiro do abismo
são tantas melodias

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