a vida na cidade de fortaleza, me coloca em alguns questionamentos profundos.
quem sou?
um bocado de tolices
que me aprisiona em instantes
e doe
feri
machuca
até eu subverter
e brincar
rir
cuspir
na banalidade
dôo azas pra mim mesma
e me lanço pro azularanja
nos fim de tarde
quem sou?
um punhado de girassóis
que dá as cores de sua alegria
e alimenta o vaso
em sua decomposição melancólica
até que o beija-flor
de estralo em estralo
se permite em flor em flor
tocar vermelhados lábios carnudos e firmes
como o desbrochar
e ter o despertar de meus frios pensamentos
quem sou?
uma gota que se desfaz na queda
ou um orvalho que amanhece na refresca brisa da lua
e reflete o amor
que queima e arde na carne
o molhado da noite
cega que reprime o reflexo do sangue
segue o mistério vívido
como uma lembrança mole
que se desmancha
nas manchas do amor
quem sou?
simplesmente amor
mas o que é o amor?
pra que serve?
a bola de cristal aponta o caminho
sei aonde estou indo
jogo as pedras ao rio e piso
passo por passo até a outra beira
sem besteira
sem medo
sem eira
sim
simples
mente
amor
a cara feia
o bico amarrado
só esconde quem sou
AMOR
sem pé sem cabeça faz um corpo
é fruto de uma viaje pelo Nordeste, que saio da Bahia e trajeto o litoral Nordestino até o Ceará e me instalo na reserva ecológica de Sabiaguaba, Fortaleza onde as palavras foram se ajuntando pelos caminhos do Nordeste com a inspiração a se formar um lindo corpo muitas feitas ao comtemplar o verde das águas azuis do beira mar nos bailados dos cata-ventos leves nas cabeleiras dos coqueiros brisado, das saudades vindas do mar dos amores colhidos entre cajus e mangas a chupar e assim foi .... o vento me levou e trouxe a inspiração e do coco me refresquei!
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bonito isso
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