sem pé sem cabeça faz um corpo

é fruto de uma viaje pelo Nordeste, que saio da Bahia e trajeto o litoral Nordestino até o Ceará e me instalo na reserva ecológica de Sabiaguaba, Fortaleza onde as palavras foram se ajuntando pelos caminhos do Nordeste com a inspiração a se formar um lindo corpo muitas feitas ao comtemplar o verde das águas azuis do beira mar nos bailados dos cata-ventos leves nas cabeleiras dos coqueiros brisado, das saudades vindas do mar dos amores colhidos entre cajus e mangas a chupar e assim foi .... o vento me levou e trouxe a inspiração e do coco me refresquei!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

intervenções plantadas entre prediosídios

aqui, estou em fortaleza, e berro todos os horrores visto sentidos a poros dentro dessa cidade, boto a boca no trombone e grito, entre qualquer outra pessoa sensível, a cuidar do que é meu, nosso e das futuras gerações de espécies a usufruir essa beleza como direito e bem-estar.
fico triste a ver meus semelhantes a destruir nossa única casa intensamente nesse tempo e espaço. sem um suspiro!maneje sua mente e tome atitude conscienta!

oxigênio
gênio
na lâmpada
respira
planta
sabedoria
milenar
ser gênio
pulsar
oxi
a dentro
do cérebro
a reconhecer
valor
da integridade de gênio
OXIGÊNIO


Eu-gênio
vivo
a cafungar
oxi
de gênio





entre cimentos
árvores floresce
sacolas plásticas

esticam postes
a induzirem caminhos
vedados olhos de coruja

concretizam
edifício
sonhados pesadelos
corridos a alturas

merdas a enfeitar lagos
doenças transmitidas a fardos





contos de folha
em papel de areia

livre

livre da idade
passada e mal paga

entre amarras
gradeadas do medo
inseguro de viver
o doce toque do picante

pitada extrapolada
de comunicar
a vontade de ficar
neutro como a água
vinda das caídas
de raio e trovões

berro de Deus
a protestar
a dor de cada filho seu
caçado a fogo do irmão

São Sebastião

Cristo de braços abertos
esculpido pela brisa
escarrada pelo mar
vermelho de amar





interferências
palavras catadas
ao vento
que leva e traz
suspende e pendura
nos galhos sujos
de vapor

gás carbônico
descolori o arco-íris
pintado no brincar
de galho em galho

macaquice
nos sorrisos
de toda melodia
tocadas
na respiração

esboço de um
desejo incumbido
embaixo da folha
de amora

vi meu amor
no encontro do Céu
com o mar

nos boiar de lixos
descargueados
de cada andar





sentada em cima
do tempo
botando pra dentro
o negro do grão vermelho

aprisionado
pela xícara de amor
o berro sai da alma

sem arma
sem fogo
sem horror
um berro de amor

negro vermelho
colhido
nos salários de cada
por de Sol e Lua

o compromisso
de ter e estar
por inteiro
o negro vermelhado
selecionado sabor

livre das amarras
gradeadas plantadas
orquídeas penduradas
beleza a riscada





meu coração
de algodão doce
opção de amor
mangueado

pisadas
memórias ao lixo
lameadas

siri destacado
cor variante
que breca

acelerada
parada no piscar
de farol

mendigado pedido
implorado
pobreza inacabada

pés amarrados
acorrentados
ancoradas profundezas

alma dilatada
sobre correntes
acorrentadas

livre pra amar





co-habito cá um cortiço
contemporâneo moderno
de classe media

uma estatura mediana
um mútuo de gente bem juntinhos
mas disjuntos nos troços
boiando no mar

nas noites os vagalumes nos andares
acordam e insinuam pensamentos
elétricas idéias
insoniantes até o dia amanhecer

derradeiros barulhentos no clarear de tons
um OHM agudo e estonteante
conta o tempo
contra o momento

já sei que os vagalumes levantaram
pois os abres e fechas faróis
me traz de corpo nu entre os lenções

é poluição de montanhas
de lixo
de tons desafinados
de bagulhos
de fom fom
de biiiiiiipeeee
tossindo fumaça
verde carbonizada
intoxicado fluxo
sangria mal atada

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